Conservação, Preservação e Restauro

Os antigos gregos já faziam a conservação de suas obras, praticando a Conservação Preventiva, pois faziam a selecção de materiais e técnicas para a execução de suas esculturas e pinturas. Os templos tinham o papel dos museus, onde as esculturas e outras peças eram inventariadas e as esculturas arcaicas eram enterradas. A Restauração era praticada para recompor partes de peças que eram danificadas pelas guerras e roubos. Na Idade Média, a Conservação/Restauração estava ligada à recuperação de materiais.
A pobreza e a falta de matéria-prima levavam à destruição de monumentos e à refundição de esculturas e peças de metal. Tentava-se recuperar pedras e peças de monumentos abandonados, os templos, termas e teatros serviam como canteiros de obtenção de mármores; fragmentos e esculturas inteiras de mármores eram queimados para a fabricação da cal utilizada na argamassa. As obras sofriam intervenções e quem as restaurava era considerado o artista, pois as “corrigia”.
Com o Renascimento, a Restauração fez prevalecer a instância estética sobre a histórica, através de inserções e renovações que mudam o significado iconográfico das obras.
No Barroco, a Conservação/Restauração adquire um carácter mais específico devido às diferenças entre artista e restaurador. Procuram-se novos materiais, técnicas e teorias sobre as possibilidades e os limites da restauração da matéria e sobre o valor histórico e cultural das obras. Surgem avanços nas técnicas de restauração dos suportes e de limpezas.
No final do século XVIII e no século XIX, com o Classicismo, a Conservação/Restauração vincula-se ao sentimento de património cultural colectivo pois criam-se museus e academias, controlam-se as intervenções nas obras, as colecções são abertas ao público, e os museus adoptam políticas pedagógicas” em relação aos visitantes; surge a definição de museu: “local onde se guardam várias curiosidades pertencentes às ciências, letras e artes liberais”.
Revolução Industrial traz grandes avanços tecnológicos, com a produção de materiais industrializados. Com o surgimento dos movimentos “neo”- neoclássico, neogótico -, resgatam-se movimentos antigos.
No século XX os critérios e teorias sobre conservação e restauração de obras de arte são definidos. Surgem questões jurídicas na defesa do património e a regulamentação da profissão de restaurador. Com a arte contemporânea, os procedimentos e teorias da conservação/restauração são revisados.
No século XX os critérios e teorias sobre conservação e restauração de obras de arte são definidos. Surgem questões jurídicas na defesa do património e a regulamentação da profissão de restaurador. Com a arte contemporânea, os procedimentos e teorias da conservação/restauração são revisados.
Em 1930, iniciam-se o estudo sistemático da estrutura e a valorização da documentação; com a Segunda Guerra Mundial, destrói-se parte importante do património europeu; a Restauração sai do empirismo e procura bases científicas.
Hoje, com a arte contemporânea, novas teorias estão a ser formuladas e os estudos científicos crescem a cada dia por meio de novas tecnologias voltadas para física, química e biologia a serviço da conservação e preservação da obra de arte.